domingo, 10 de maio de 2015

Novos espaços para o cinema independente em Sorocaba

Cinema independente em Sorocaba está tomando força, pois muitos Cineclubes estão surgindo com proposta de inovar e trazer uma nova consciência social e política ao que apreciam a sétima arte.


Marcelo Domingues, curador do Cine Café no SESC conseguiu trazer esse projeto de filmes independentes e pouco divulgados e que buscam uma ótica mais lapidada.
"O espaço foi idealizado há seis anos partindo do ótimo acervo de filmes que estavam com os direitos autorais disponíveis para exibição no SESC." informou Marcelo sobre o processo para iniciar o projeto em Sorocaba.
Marcelo Domingues, curador do Cine Café (Arquivo Pessoal) 


Além desse processo, Marcelo explica que a curadoria propõe um olhar sobre o cinema independente, também conhecido como cinema de autor, pouco ou nunca exibido em salas convencionais. Propõe também a formação de público para esse tipo de cinema e trazendo debates após as exibições dos filmes.


Cleiner Micceno também é curador, porém da Oficina Cultural Grande Otelo que também traz filmes com temáticas não tão convencionais e que chamam um publico disposto a debater sobre diversos conceitos do cinema.

"A a proposta sempre foi mostrar filmes que fossem diferentes dos filmes do circuito normal exibição. Buscamos sempre passar bons filmes, para o publico que gosta  e exige obras diversificadas e de qualidade, mas que ficam à mercê das salas comerciais" ressalta o curador que trouxe muitos filmes diferentes para o público da Grande Otelo.

Com esses espaços muitas pessoas se interessaram pelo cinema e trouxeram as propostas para outros ambientes, como Jenny Justino, curadora do cineclube no Café Livramento onde trouxe filmes bem peculiares como: Que bom te ver viva, filme-documentário onde narra sobre as mulheres na ditadura e descreveram o que aconteceu nas torturas e os vestígios que ainda estão na vida delas.

"O objetivo principal do cineclube que funciona no Café é o de mostrar e valorizar as produções independentes. Logo, o cineclube está aberto para quem possui um longa-metragem, uma vídeo-arte, um curta-metragem, entre outros. A partir disso, entramos em contato com as pessoas e as pessoas entram em contato para a viabilização das exibições, ou seja, a idéia é sempre aumentar a rede de contatos locais, regionais e de quem mais tiver interesse para somar na cena audiovisual."

Através desse espaço, Jenny se juntou a Fernanda Fontolan na curadoria do Café Livramento,já que a linha de estudo sobre os cineclubes eram semelhante e as propostas se interligavam, agregando ao projeto.

"Estamos completamente envolvidas com o projeto e felizes, mas é claro que passamos por desafios e um deles é a própria valorização de quem produz e está na sua cidade, ou seja, existe um estranhamento quando falamos sobre “cachê” que é simbólico (dois ou três reais da entrada por pagante) que o Café repassa para o artista. Por fim, apesar de alguns desafios, estamos longe de desistir da idéia de ser um espaço exibidor local que exibe trabalhos locais e que almeja ser um espaço exibidor, formador e transformador durante todo esse processo que ainda está no estágio embrionário."         



Debate após a exibição do filme: Poesia no Café Livramento 
O Café Livramento terá mais uma exibição de filme na segunda semana de Junho, porém até o fechamento dessa matéria, não fomos informados da programação. 

Matéria realizada por Fernanda Atayde

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