Com essa chamada, filme já intriga
telespectadores e exibe um debate sobre a existência de um ser supremo
Em rodas de amigos há dois temas indiscutíveis: política e religião.
Falar de crença é realmente uma tarefa complicada, principalmente por nem todos
conseguirem debater o assunto sem envolver a própria fé.
“Deus não está morto” (God is not Dead) é um longa-metragem
estadunidense lançado em agosto de 2014 e dirigido por Harold Cronk. Leva o mesmo nome que a
música God’s Not Dead (Like a Lion),
da banda
gospel Newsboys, que faz
uma participação especial.
Integrantes da banda Newsboys sendo questionados sobre a fé no longa |
A obra cinematográfica é baseada no
livro homônimo do autor Rice Broocks, publicado pela editora Thomas Nelson
Brasil. Apesar de ser constituído em um formato de perguntas e respostas,
o filme se desenvolve de forma diferente.
Visto como um todo ao se levar em conta critérios de filmagem,
roteiro, diálogos e interpretação, é considerado fraco e cansativo. Se pelo
menos tivesse acabado no ponto certo – o que não acontece – ainda acrescenta-se
à lista de defeitos o ponto de doutrinário. Todavia, não o encare como uma
película religiosa. Veja a sua essência: ele é um debate!
Logo no primeiro dia de aula em uma universidade, o professor de Filosofia (Kevin Sorbo: conhecido pelo seu papel em “Hércules”, de
1994, e pela personagem Capitão na paródia de “300”, “Os Espartalhões”)
instrui seus alunos a escreverem em um papel a sentença do título. Assim, um
aluno cristão do primeiro ano de Direito (Shane
Harper) se vê em uma encruzilhada: acatar ao requerimento e passar na
matéria ou desrespeitar o professor devido ao que acredita. Ele acaba questionando o docente e tem
“uma chance” de defender sua crença no fim de todas as aulas, expondo provas da existência de Deus.
Deus não está morto é a afirmação do professor para a morte da existência Dele para a sociedade |
Ao impor que "Deus está morto", já se fica claro
que em algum momento o professor acreditou em Deus e ainda não deixou de crer,
apenas não quer aceitá-lo por motivos pessoais. De tal modo, há ideias que
confirmam os argumentos e isso dos dois lados, tanto do aluno, quanto do
professor.
E a "emoção" toda está nisso: Josh Wheaton (Harper)
consegue perceber essa nuance e de modo algum quer impor algo aos seus colegas,
apenas quer mostrar que tanto a existência em si, como a não existência de Deus
(ou se preferir deus), são duas vertentes que podem nem existir, como coexistir.
Este filme não vai mudar a vida de ninguém, mas tem um ponto
que chama a atenção e vale a pena ser conferido. São colocados pensadores,
filósofos e físicos conhecidos que se contradizem em suas certezas. Para pessoas
mais ligadas no assunto, pode ser realmente cansativo e bobo. Entretanto, para
aqueles que não seguem uma religião efetivamente, mas gostam da ideia de
acreditar em algo e não são tão ligadas em temas que falem de Deus, é recomendável
a perda de cento e poucos minutos de vida para conferir (113 para ter exatidão).
Resenha realizada por Sarah Rappl
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