quarta-feira, 15 de abril de 2015

Deus não está morto

Com essa chamada, filme já intriga telespectadores e exibe um debate sobre a existência de um ser supremo


Em rodas de amigos há dois temas indiscutíveis: política e religião. Falar de crença é realmente uma tarefa complicada, principalmente por nem todos conseguirem debater o assunto sem envolver a própria fé.

“Deus não está morto” (God is not Dead) é um longa-metragem estadunidense lançado em agosto de 2014 e dirigido por Harold Cronk. Leva o mesmo nome que a música God’s Not Dead (Like a Lion), da banda gospel Newsboys, que faz uma participação especial.

 Integrantes da banda Newsboys sendo questionados sobre a fé no longa
A obra cinematográfica é baseada no livro homônimo do autor Rice Broocks, publicado pela editora Thomas Nelson Brasil. Apesar de ser constituído em um formato de perguntas e respostas, o filme se desenvolve de forma diferente.

Visto como um todo ao se levar em conta critérios de filmagem, roteiro, diálogos e interpretação, é considerado fraco e cansativo. Se pelo menos tivesse acabado no ponto certo – o que não acontece – ainda acrescenta-se à lista de defeitos o ponto de doutrinário. Todavia, não o encare como uma película religiosa. Veja a sua essência: ele é um debate!

Logo no primeiro dia de aula em uma universidade, o professor de Filosofia (Kevin Sorbo: conhecido pelo seu papel em “Hércules”, de 1994, e pela personagem Capitão na paródia de “300”, “Os Espartalhões”) instrui seus alunos a escreverem em um papel a sentença do título. Assim, um aluno cristão do primeiro ano de Direito (Shane Harper) se vê em uma encruzilhada: acatar ao requerimento e passar na matéria ou desrespeitar o professor devido ao que acredita. Ele acaba questionando o docente e tem “uma chance” de defender sua crença no fim de todas as aulas, expondo provas da existência de Deus.

Deus não está morto é a afirmação do professor para a morte da existência Dele para a sociedade
Ao impor que "Deus está morto", já se fica claro que em algum momento o professor acreditou em Deus e ainda não deixou de crer, apenas não quer aceitá-lo por motivos pessoais. De tal modo, há ideias que confirmam os argumentos e isso dos dois lados, tanto do aluno, quanto do professor.

E a "emoção" toda está nisso: Josh Wheaton (Harper) consegue perceber essa nuance e de modo algum quer impor algo aos seus colegas, apenas quer mostrar que tanto a existência em si, como a não existência de Deus (ou se preferir deus), são duas vertentes que podem nem existir, como coexistir.


Este filme não vai mudar a vida de ninguém, mas tem um ponto que chama a atenção e vale a pena ser conferido. São colocados pensadores, filósofos e físicos conhecidos que se contradizem em suas certezas. Para pessoas mais ligadas no assunto, pode ser realmente cansativo e bobo. Entretanto, para aqueles que não seguem uma religião efetivamente, mas gostam da ideia de acreditar em algo e não são tão ligadas em temas que falem de Deus, é recomendável a perda de cento e poucos minutos de vida para conferir (113 para ter exatidão).




Resenha realizada por Sarah Rappl 

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